Enquanto a Segurança da Informação lida com a proteção de dados sensíveis em sistemas digitais, as Neurociências estudam o cérebro e seu comportamento.
A neurociência pode ajudar a melhorar a segurança da informação, pois entende como o cérebro humano processa e armazena informações, mas não para por aqui, é importante dizer que estudos sobre o comportamento humano são cada vez mais promissores quando a intenção é compreender quais são as motivações que antecedem as tomadas de decisões de cada pessoa, hoje muito se compreende as heurísticas comportamentais, entendido por mecanismo mental que serve como um tipo de atalho para a tomada de decisão, no qual representa um fenômeno em que o cérebro faz associações de maneira automática, influenciando assim a tomada de decisão.
É praticamente unanime entre os profissionais de Segurança da Informação que o fator humano é um elo importantíssimo para a proteção cibernética dentro de qualquer organização, visto o exponencial avanço da transformação digital que trouxe um aumento significativo de tecnologias que auxiliam nos processos produtivos de empresas, independente do seu setor de produção. Com isso, a responsabilidade e o comprometimento com a proteção das informações se tornaram uma preocupação e tarefa diária de cada colaborador que manuseia tais tecnologias no seu dia a dia de trabalho.
A relação entre Segurança da Informação e Neurociências é cada vez mais estreita e importante.
Portanto, a relação entre Segurança da Informação e Neurociências é cada vez mais estreita e importante. À medida que a autonomia dos colaboradores aumenta para manuseio de informações sensíveis, é inerente o aumento do risco proveniente desses acessos. Quando falamos do fator humano, assim como, os equipamentos de tecnologia da informação estão sujeitos a vulnerabilidades, pessoas também estão suscetíveis a vulnerabilidades emocionais que podem levar a tomadas de decisões que resultem em incidentes cibernéticos.
Principalmente quando vieses comportamentais, ou seja, as heurísticas, influenciam a decisões que precedem um comportamento inadequado. Muito se fala de Engenharia Social, segundo um estudo revelado pela (thesslstore) A engenharia Social ficou 1a posição como o tipo de ataque mais utilizado pelos cibercriminosos em 2022. Visto que esse tipo de ataque visa a manipulação psicológica de suas vítimas afim que que elas entreguem o que o atacante (Hacker) deseja, como, dados sensíveis, controles de acessos e até mesmo alguma ação que possa comprometer uma rede corporativa inteira, por meio da abertura de e-mail maliciosos. Compreender o fator humano passou a ser fundamental para a Segurança da Informação.
Assim como, vulnerabilidades sistêmicas são estudas por profissionais que buscam incansavelmente a proteção de sistemas de informação, hoje compreender as vulnerabilidades emocionais e o funcionamento do cérebro humano é parte da rotina de quem pretende fortalecer o elo humano como fator de proteção.
Da mesma forma que um antivírus é atualizado por meio de novas vacinas, é necessário a ativação da consciência humana, para que por meio do constante aprendizado possamos manter também atualizada nossa “vacina interna” e assim buscar melhores resultados comportamentais em prol da segurança cibernética. A combinação da Segurança da Informação e Neurociências pode levar a soluções mais eficientes e humanas para proteger a privacidade, dados pessoais dos usuários e informações substanciais corporativas.
Em resumo, compreender o funcionamento do cérebro, as heurísticas e toda psicologia comportamental é parte obrigatória quando há intenção de um bom programa de conscientização de segurança da informação. Trabalhar o fator humano é essencial para o fechamento de um ciclo completo de proteção cibernética junto com a governança de segurança da informação e todas as tecnologias que visam proteger as superfícies de ataque de toda e qualquer organização.